É nessa sexta a inauguração da primeira grande retrospectiva dedicada ao mestre Hélio Oiticica no Whitney Museum of American Art, em Nova York. Pela primeira vez, os nova iorquinos e turistas que estão a passeio na Big Apple poderão conferir de perto o trabalho desse que é tido como um dos mais influentes artistas plásticos do século XX. “Hélio Oiticica: To Organize Delirium” é organizada pelo Whitney em parceria com o Carnegie Museum of Art, de Pittsburgh, e o Art Institute de Chicago.
O artista Hélio Oiticica (1937-1980)
Hélio Oiticica é um artista brasileiro que desenvolveu em grande parte seu estilo enquanto vivia em Nova York na década de 70. Na época, foi estimulado pela arte, música, poesia e cena teatral de Manhattan – além da convivência com outros grandes artistas que ali viviam.
“Seja Marginal, Seja Herói” (1968)
“Parangolé” (1967)
A arte produzida por ele desperta nossos sentidos e nos faz pensar sobre o nosso papel no mundo, além de nos desafiar a assumir um papel mais ativo. Oiticica começou a explorar a geometria em suas pinturas e desenhos, e logo desenvolveu um interesse pelas esculturas, instalações arquitetônicas, literatura e filme. A consequência disso é uma produção artística imersiva, onde o espectador vira participante ativo da obra de arte.
A retrospectiva inclui muitas instalações de grande porte como “Tropicália” e “Éden” e examina o envolvimento de Oiticica com a música, a literatura. Em cartaz, estão também suas obras que abordam temas políticos e socioambientais.
“Éden” (1969) – quando exposta na Whitechapel Art Gallery, em Londres
“Tropicália” (1967)- quando exposta no Tate Modern, também em Londres
“Hélio Oiticica: To Organize Delirium” fica em cartaz de 14 de julho a 01 de outubro no recém reinaugurado Whitney Museum of American Art, em Nova York.