A IKEA é conhecida globalmente pelos móveis de design acessíveis em suas megalojas espalhadas pelo mundo. O que pouca gente sabe é que a firma de design sueca tem uma área de atuação bem importante de responsabilidade social que ganha cada vez mais força. A novidade é que a empresa divulgou que contratará refugiados sírios para trabalhar em seus novos centros de produção na Jordânia. O projeto faz parte do plano da IKEA de empregar direta e indiretamente cerca de 200 mil pessoas desfavorecidas através de projetos similares ao redor do mundo nos próximos dez ou quinze anos.
Os centros de produção serão inaugurados em agosto e empregarão refugiados com habilidades diversas, mas principalmente na fabricação de tapetes, almofadas e colchas, já que são habilidades tradicionalmente conhecidas entre o povo sírio. O projeto será feito em parceria com a ONG Jordan River Foundation, estabelecida pela Rainha Rania, da Jordânia. A ONG ficará encarregada de administrar as instalações, montadas pela IKEA, e empregar 100 pessoas inicialmente, com planos de aumentar esse número para 400 em apenas dois anos. A metade deles será composta por refugiados e a outra metade por moradores locais de baixa renda.
Uma equipe de designers da IKEA se reunirá na Jordânia nas próximas semanas para definir outros tipos de produtos que podem ser produzidos no local. Afinal, a ideia é que a comunidade local se torne um forte fornecedor da marca sueca.
Os centros de produção ficarão dentro e nas redondezas de Amam, no norte da Jordânia, perto de campos de refugiados – vizinhos da fronteira com a Síria. Estima-se que 1.3 milhões de refugiados tenham se abrigado na Jordânia desde que a guerra civil eclodiu no país em 2011.
Os produtos feitos na Jordânia serão lançado em primeira mão na loja IKEA de Amam, a capital do país, antes de ficarem disponíveis em lojas ao redor do mundo.