Passado o frisson dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Londres é mais uma vez o centro das atenções internacionais. A cidade deveria passar a competir com Nova York pelo titulo de “city that never sleeps”, pois recebe a partir do dia 14 de setembro, um dos festivais de design mais reconhecidos do mundo.
O London Design Festival (LDF), em sua décima edição anual, tem como mote o “100% design”. A razão é óbvia, serão dez dias com mais de 300 eventos voltados ao design, em diversos pontos da cidade. Foi inclusive, inspirado nesse evento, e na feira de design de Milão, que São Paulo resolveu dedicar um final de semana ao design, no final de agosto. O formato é parecido – alem de exposições e instalações ad hoc, o LDF também oferece palestras gratuitas no tema do design, e feiras que ocorrem paralelas ao evento.
Os organizadores do London Design Festival sugerem que os visitantes planejem de antemão o roteiro de visita, para não ficarem perdidos em um mar de possibilidades. O ideal, eles dizem, é começar pelo museu V&A, que é considerado o hub principal da edição de 2012 do festival.
V&A, The Victoria and Albert Museum
O LDF é um sucesso há dez anos pelo tamanho da gama e originalidade de seus eventos. Sem dúvidas, um dos mais importantes e marcantes, tem sido os Landmark Projects: instalações encomendadas pelos organizadores do evento `a grandes escritórios de arquitetura e design internacionais. O objetivo é criar peças que experimentam com matérias primas originais, e colocá-las em pontos turísticos, inesperados, da cidade.
Abaixo, os destaques dos Landmark Projects 2012:
Localizado no coração do Trafalgar Square, a BE OPEN SOUND PORTAL, do designer Arup, é uma enorme estrutura preta de borracha. A primeiro ver, não se pode identificar que dentro, o visitante desfruta de uma experiência acústica única – que isola todo o som da praça movimentadíssima. O objetivo? Mostrar que o design não precisa ser visto.
A instalação MIMICRY CHAIRS, do estúdio de design japonês Nendo, está espalhada por diversos pontos do V&A. As cadeiras brancas, e simplórias, contrastam com o estilo ornamentando e carregado do museu. O visitante vai de encontro com as peças durante a jornada pelos salões, notando que cada uma está posicionada daquela forma para combinar com o espaço que habita.
A londrina Keiichi Matsuda também ganhou destaque nos Landmark Projects, com a obra PRISM. Instalou dentro da cúpula do V&A, o ponto mais alto do museu, uma obra digital. A gigante lanterna escultural é feita de várias telas por onde uma série de dados estatísticos viajam de um ponto a outro. A critica a sociedade hiperconectada, que deixa que a tecnologia controle suas vidas, é muito bem-vinda nos dias de hoje.
Para saber mais informações sobre o evento, que acontece dos dias 14 a 23 de setembro, visite o site